Cross-cultural adaptation of the Zero Mothers Die (ZMD App) in Brazil: contributing to digital health with the approach on care centred for e-pregnant woman / Adaptação transcultural do aplicativo Zero Mothers Die para dispositivos móveis no Brasil: contribuições para a saúde digital com abordagem do cuidado centrado na e-gestante

Abstract Objectives: to describe the adaptation process of the Zero Mothers Die app, developed in Europe, is to combat maternal mortality, was brought into the Brazilian context with an individualized auscultation methodology for pregnant women and mothers who attended a high complexity referred teaching hospital. Methods: the research consisted of two parts: the participant observation technique was used by health professionals to translate the platform; with an approach in the service with online forms for pregnant women, and the content analysis was performed by grounded theory of the data. During five months, 109 pregnant women and mothers installed the app, but only 17 completed the questionnaire. Results: the women and health professionals pointed out questions such as interactivity, application interface, content, pregnancy and childcare clinical management, which contributed for the Brazilian version. Conclusions: the participatory medicine and e-pregnant woman are new premises of a humanization policy for women and childcare. The insertion of an app with information based on the best evidence in the prenatal routine in the health establishments with teaching activities that can provide new dialogue connections with the pregnant women and chances to update the professional in training.

Resumo Objetivos: descrever o processo de adaptação do aplicativo para combate à mortalidade materna Zero Mothers Die, desenvolvido na Europa, ao contexto brasileiro com metodologia de ausculta individualizada das gestantes e mães usuárias em hospital referência de alta complexidade e de ensino. Métodos: a pesquisa contou com duas partes: utilizou-se a técnica de observação participante para a tradução da plataforma pelos profissionais de saúde; abordagem no serviço com formulários online direcionados a gestantes e análise de conteúdo à luz da teoria fundamentada nos dados. Durante cinco meses, 109 gestantes e mães instalaram o aplicativo, 17 preencheram o questionário. Resultados: as mulheres e os profissionais de saúde apontaram questões de interatividade, interface do aplicativo, conteúdo, manejo clínico da gravidez e do cuidado à criança, que contribuíram para a versão brasileira. Conclusões: a medicina participatória e a e-gestante são novas premissas de uma política de humanização para o cuidado da mulher e da criança. A inserção de um aplicativo com informação baseada na melhor evidência em rotina pré-natal de estabelecimentos de saúde com atividades de ensino pode oportunizar novos canais de diálogo com a gestante e atualização do profissional em treinamento.

A prática do desmame entre pacientes do ambulatório de puericultura do Instituto Fernandes Figueira no ano de 2003 / The practical one of weans it between patients of the Childcare Unit of the Institute Fernandes Figueira in the year of 2003

O estímulo à amamentação vem se tornando uma preocupação entre os pediatras, por esta se constituir inegavelmente em um fator essencial para a saúde infantil. Atualmente há consenso de que os lactentes deveriam ser amamentados exclusivamente até os seis meses e receber alimentos complementares até os dois anos. Baseado neste conceito realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo entre lactentes atendidos no ambulatório de puericultura do IFF no ano de 2003 com o objetivo de analisar a prática do desmame, determinar a prevalência do aleitamento materno exclusivo; do aleitamento materno predominante; do aleitamento complementado e estabelecer os principais fatores que influenciaram o desmame precoce.Os dados foram tabulados a partir dos registros dos prontuários de 390 lactentes, seguindo critérios de inclusão/exclusão predefinidos. O presente estudo demonstra que a prevalência do AM foi influenciada pela idade do lactente; isto é, quanto mais velho menor a prevalência do aleitamento. Os ressultados demonstram ainda maior prevalência de AME quando comparado com resultados de pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas capitais e no Distrito Federal. Não foram observadas diferenças significativas quanto à prevalência do AME entre mães lactantes adolescentes, jovens e idosas. A decisão materna foi a principal causa para o desmame precoce, seguida do retorno ao trabalho e, para as nutrizes adolescentes, o retorno ao estudo. Os alimentos introduzidos para o desmame precoce foram às formulas lácteas e os sucos de frutas, independente da idade da nutriz, observações que contrapõem à literatura, onde figuram água, chá e leite de vaca, como alimentos utilizados para o desmame precoce.Observou-se nos prontuários o empenho dos pediatras visando o retorno ao aleitamento materno exclusivo (AME), porém, em 54,1 por cento das mães que tentaram retornar ao AME, somente 15,2 por cento retornaram a amamentação exclusiva. Os resultados do estudo mostram claramente que apesar da prática hospitalar estar pautada por ações que fundamentam a promoção, proteção e o apoio ao aleitamento materno, tais práticas não foram capazes de manter o aleitamento materno nos níveis recomentados pela OMS/MS.

Incentive to breast-feeding has become a major pediatric's concern, as it is undeniably a children's health essential factor. At the moment, there is a consensus that suckling children should be breast-feeding only up to their 6 months and get additional food until they are 2 years old. Based on such concept, in 2003 a descriptive and retrospective survey was made among suckling babies attended at the Childcare Unit in Fernandes Figueira Medical Institute aiming at analysing the weaning practice, determining the breast-feeding prevalence, the prevailing breast-feeding and the complemented feeding, so establishing the main factors that influenced early weaning. Data included in said survey were based on 390 suckling children recorded in the Institute handbook according to pre-established inclusion/exclusion criteria. The results show that the prevalence of breast-feeding was of 97.7% in the 1st month; 70.7% in the 6th month; and 2.3% in the 12th month of life. Considering the prevalence of predominant breast-feeding in the first month it amounts to 95.1%; in the fourth month to 66.0% and in the six month to 29.3%; the prevalence of predominant breast-feeding in the same age groups was of 1.5%, 9.5% and 33.5% accordingly. The prevalence of complemented feeding amounts to 1.1% in the 1st month, 8% in the six month and only 2.3% in the 12th month of life. This work shows that the prevalence of breast-feeding is influenced by the suckling ages, i.e., the older the baby the smaller the prevalence of such feeding. The results also show the largest prevalence of breast-feeding if compared to results obtained on breast-feeding prevalence in capital cities and in the Federal District. Significant differences were not noticed as to the prevalence of breast-feeding as far as teenagers, young or mature mothers are concerned. Mothers' decision was the main cause of early weaning, followed by going back to work or, among teenagers, going back to school. For such early weaning, milk formulae and fruit juices were introducted to feed the babies, regardless the feeder's age. Such conclusions contradict the literature on the subject in which water, tea and cow milk are mentioned as used weaning. It was also noticed in the handbooks that pediatricians are making a great effort aiming at the return to breast-feeding only, but in 54.1% of the mothers that tried to do so only 15.2% succeeded. The results of this work clearly show that in spite of hospital practices based on actions that aim at the promotion, protection and support of breast-feeding, such practices have not been able to keep it on the levels advised by the WHO.